Mato Grosso, Domingo, 12 de Maio de 2024     
Novo Portal
Seminário em Nova Xavantina quer traçar estratégias de recuperação das nascentes do Xingu
Seminário em Nova Xavantina quer traçar estratégias de recuperação das nascentes do Xingu
18/04/2006 08:32:33
por Coordenadoria de Comunicação Social

Entre os dias 25 e 27 de abril, em Nova Xavantina (MT), a cerca de 650 quilômetros de Cuiabá, acontece o seminário Parâmetros Técnicos para Restauração de Matas Ciliares nas Cabeceiras do Rio Xingu. O evento pretende estabelecer metodologias, indicadores e parâmetros técnicos de restauração florestal adequados à realidade da Bacia do rio Xingu e faz parte da campanha ‘Y Ikatu Xingu, que tem o objetivo de proteger e recuperar as nascentes e as matas ciliares do Xingu no Mato Grosso. O

seminário será realizado no auditório do campus da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) em Nova Xavantina, será aberto à comunidade na parte da manhã (das 8h às 12h) e deverá contar com a participação de cerca de 50 pessoas, entre pesquisadores, técnicos e estudantes.

A intenção da Unemat e do Instituto Socioambiental (ISA), responsáveis pela organização da iniciativa, é também formar uma rede de intercâmbio entre os profissionais de restauração florestal da região e de outros lugares do País. Durante o evento, serão apresentados e identificados os principais tipos de vegetação que ocorrem nas matas ciliares (que margeiam e protegem os cursos de água) e de degradação que elas sofrem na Bacia do Xingu no Mato Grosso.

“A partir daí, poderemos apontar o potencial de regeneração florestal em vários lugares diferentes e definir as estratégias mais adequadas a cada situação”, explica Eduardo Malta Campos Filho, analista socioambiental do ISA e um dos organizadores do evento. Ele explica que não é possível estabelecer uma mesma linha de ação para a recuperação das matas ciliares em uma região tão grande quanto à bacia do Xingu porque nela existem muitos tipos de vegetação e de atividades econômicas diferentes.

Campos lembra que os impactos nas matas de beira de rio causados pelo cultivo da soja ou pelo pasto, por exemplo, são diferenciados e sua restauração depende também do tipo de cobertura vegetal (cerrado, brejo, vereda etc) que foi alterada por essas atividades. “Queremos propor ações que sejam baratas e eficientes para que possam ser executadas efetivamente pelos vários atores envolvidos com o tema, entre eles

fazendeiros, agricultores familiares e governo,” conta. Segundo o biólogo, essas ações vão desde o isolamento de algumas áreas, passando pela contenção de erosões e indo até o plantio de mudas nativas.

O rio Xingu no Estado do Mato Grosso tem seu leito principal protegido pelo Parque Indígena do Xingu, mas a maior parte de suas cabeceiras está fora dos limites da área. Por causa dos desmatamentos e das queimadas, várias de suas nascentes já secaram. Além disso, também têm sido identificados na região o assoreamento de vários rios, indícios de contaminação do solo e da água e perda de diversidade biológica.

Oswaldo Braga de Souza – Assessoria Instituto Socioambiental

Salvar esta página   Imprimir notícia   Enviar notícia por e-mail Visitas: 24690 | Impressões: 140312
Compartilhar no Facebook

Notícias relacionadas

  • Nenhuma notícia relacionada